"Sentei de novo no sofá e comecei a reler o bilhete. Sabe, eu fiquei... sei lá... Emocionado, isso emocionado. Nem triste nem alegre. Depois de algum tempo refletindo cheguei à uma conclusão...Tinha sido bom. Não o fato de ela ter me largado, mas o fato de eu ter chorado tanto. Sei lá, foi como um pedaço e ferro cravado na carne a algum tempo. Ele esta te incomodando pra caralho e no dia que você tenta arrancar, dói pra burro. E daí você deixa pra depois e depois e quando você vai ver esta com uma merda de pedaço de ferro enferrujado na carne. E daí alguém chega quando você esta dormindo e arranca a bosta da sua carne. Dói muito, muito, muito mesmo. Só que no outro dia você esta bem melhor. Dói ainda. Mas você sabe que não tem mais que passar por isso de novo. Claro, até outro ferro te cravar na carne."
Presente do Gordo, ator, escritor e gente boa, como ninguém!
Beijos para nós que sentimos e vivemos as tristezas tal como as alegrias: de olhos abertos e corações dispostos.
com amor.
a poesia criou meu mundo
sexta-feira, 27 de julho de 2007
quinta-feira, 19 de julho de 2007
Presentes do Ivan.
"O disco se arranha e se gasta, a cantora talvez esteja morta; eu vou embora, vou tomar meu trem. Mas, por trás do ente que cai de um presente para o outro, sem passado, sem futuro, por trás desses sons que dia a dia se decompõem, se lascam e deslizam para a morte, a melodia permanece a mesma, jovem e sólida, como uma testemunha implacável". (Jean-Paul Sartre)
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."
"emprego em prosa
o pranto posto
pálido
sem prisma
sem metafísica
com uma
cor amarga
sinto frio!"
Ganhados de Maya
terça-feira, 17 de julho de 2007
Vozes no meu além
Ela: você sabe...
Ele: não sei!
Ela: você sabe, sim!
Ele: não sei...
Ruídos de corpos, papéis e massa.
Ele: o problema é que você pensa...
Desistindo de continuar ouvindo a história interna alheia, durmo.
Maya - ouvindo as próprias vozes enquanto dorme.
quarta-feira, 11 de julho de 2007
É a água do lugar!
Não me cansei de olhar pr'aquele céu azul
Por vezes sem nuvens, outras todo desenhado
Não me cansei de sentar naquela árvore
E te olhar do alto ao lonnnnnge.
As pessoas deste lugar sorriem
amam
recebem
dão
dançam
choram
Não sei bem se é o cheiro azedo da cana
A fumaça da queimada de extração
Ou a água do lugar...
Só sei que é impossível não se apaixonar!
Maya - apaixonada!